novembro 20, 2012


A casa tradicional no Algarve central, caracteriza-se, grosso modo, por apresentar uma cobertura mista – telhado e açoteia utilizável para secagem dos frutos, por exemplo, e com vãos guarnecidos a cantaria.

Ao longo do último quartel do século XIX, e nas primeiras décadas da centúria seguinte, verificou-se uma transformação construtiva, sendo que um dos elementos mais marcantes foi o aparecimento de platibanda*, na cimalha dos edifícios.

*Platibanda – murete ou balautrada de alvenaria, ao longo da fachada, com cerca de um metro de altura, escondendo para o exterior o remate inferior do telhado (e o seu beiral). Embora a platibanda, rapidamente adquira um valor ornamental, a sua função é permitir o escoamento indirecto das águs pluviais, por meio da caleira horizontal de recolha, ao longo do beiral por detrás do murete, passando depois aos tubos de queda, evitando assim que as águas da chuva caiam directamente na rua.
A platibanda enquanto forma arquitectónica-decorativa, insere-se na tradição de gosto pelo detalhe ornamental e pela profusão decorativa da arquitectura algarvia. Em contexto rural este elemento apresenta-se mais simples, por vezes sem qualquer decoração.
P.S.B.


novembro 15, 2012

Classificação Rîbat da Arrifana, Aljezur




Anúncio n.º 13699/2012. DR 221 SÉRIE II de 2012-11-15
Presidência do Conselho de Ministros - Direção-Geral do Património Cultural

Projeto de decisão relativo à classificação como monumento nacional (MN) do Ribat da Arrifana, freguesia e concelho de Aljezur, distrito de Faro



novembro 05, 2012

SOLSTÍCIO DE INVERNO - simbologia do Inverno

Solstício de Inverno

O Inverno simboliza a morte. O Cultos do Mortos, que nas sociedades hedonistas Ocidentais é mantido quase ignorado, tinha no passado um sentido completamente diferente.
Embora simbolicamente o Inverno, compreenda a morte, está sempre ligado à vida.


Cria-se que os mortos continuavam um outro tipo de vida, de onde protegiam os seus. Era entendido que habitavam um departamento (o subsolo) onde se passava o mistério da transformação das sementes em plantas e frutos (morte e ressurreição). A eles era pedida a proteção das sementes, bem precioso para a sobrevivência das populações agrárias.


Durante o mês de Novembro, há várias celebrações reflectem esta ambiguidade. A de S. Martinho, que tem lugar a 11, por exemplo, na qual os manjares rituais alternam com as bebedeiras e as brincadeiras de uma obscenidade gratuita, socialmente inaceitável fora deste contexto (mas fazendo parte do mesmo sistema de sentidos). Ritos semelhantes, onde se percebe um conceito diferente da morte, prolongam-se por Dezembro, culminando com a chegada do Solstício de Inverno e a celebração do renascimento do Menino Sol a 22 que os mortos são chamados a participar.