abril 30, 2013

Loulé, viragem séc. XIX para o séc. XX



No censo de 1890 a vila de Loulé contava com 18 872, e no de 1900, com 22 478 habitantes[1], mantendo-se a tendência do aumento populacional na viragem do século XIX, para o século XX.

O crescimento populacional verificado constitui um factor determinante para o desenvolvimento proto-industrial da vila onde, nos finais do século XIX e nos inícios do século XX, se desenvolveram algumas indústrias, já com alguma tradição no concelho em séculos anteriores, tal com a indústria caseira de esparto. Existia algum dinamismo no sector têxtil, mas a actividade de maior destaque era, sem dúvida, a manufactura do calçado[2].

A esse respeito, Silva Lopes, diz-nos, que havia em Loulé “… fabricas de cortumes, e olarias em que se fazem cantaros e alcatruzes, que são procurados por todo o Algarve e parte do Alêm-Tejo, para onde são exportados”[3].



[1] In: Febres Infecciosas – Notas sobre o concelho de Loulé, Geraldino BRITES, Imprensa da Universidade, Coimbra, 1914, p. 104.
[2] Vide: Maria da Graça Maia MARQUES, O Algarve da Antiguidade aos nossos dias, Edições Colibri, 1999, pp.394 – 395.
[3] In: João Baptista Silva LOPES, Corografia ou Memória Económica, Estatística e Topográfica do Reino do Algarve, 1.º Volume, Algarve em Foco Editora, p. 311.

abril 23, 2013

Loulé na segunda metade do século XIX



Loulé na segunda metade do século XIX

Em 1850, Charles Bonnet escrevia na sua obra: Algarve (Portugal) Description Géographique et Géologique de cette Province[1]:

 “Vila [Loulé] que é sede de concelho (…) segundo a minha opinião é a vila do Algarve mais agradável e onde melhor se pode residir. (…) A população, que cresce duma maneira rápida, é de 11 372 habitantes; o que por consequência, faz desta localidade a mais populosa de todo o Algarve”.


[1] Lisboa, Academia Real das Ciências, 1850.

abril 19, 2013

Na ressaca do dia internacional de…



19 de abril de 2013, dia seguinte à comemoração dos "Dia Internacional dos Monumentos  e Sítios".
Este ano as comemorações multiplicaram-se um pouco por todo o país, como já vem sendo apanágio destes dias especiais, mas fiquei com a ideia (muito pessoal e subjectiva) que este ano no Algarve as acções superaram a de anos anteriores, mesmo em altura de crise e de contenção financeira.
Uma vez mais percebi que embora se defenda uma programação em rede isso não acontece, cada um programa para si, na sua realidade e até, por vezes vaidade.
Após longos períodos de tempo a preparar uma actividade (ou mais), em poucos minutos elas acontecem e fica o vazio, ou não, tudo depende… o que fica na ressaca destes dias mundiais e internacionais? Qual o seu real valor para melhorar o trabalho das pessoas ligadas ao património e, especialmente, qual a sua importância na comunicação e ligação com os outros, com os públicos, com as pessoas, com os detentores e produtores do património?


P.S.B.

abril 12, 2013

Sagres





"...Esta extremidade do sudoeste da Europa é formada por dois promontórios de rocha graníticas, com uma altura quase constante de 25 a 30 braças, descrevendo de um lado ao outro um semicículo recortado por pequenas enseadas a pique, onde o mar tempestuoso rebenta ruidosamente..."


Leopold Alfred Gabriel Germond de Lavigne (séc. XVIII/XIX)

abril 04, 2013

Albarrã

Hoje em visita à zona da Ribeira de Quarteira (Paderne) aprendi que há uma planta que tem nome de torre de castelo, nomeadamente, do Castelo de Paderne, que tem uma torre albarrã (do árabe "al-barran")!


Para saber mais sobre a planta: