O modelo construtivo de S. Lourenço foi a igreja da Ordem Terceira
se São Francisco de Faro, cujos responsáveis da obra e programa decorativo
foram os irmãos Manuel e Antão Borges.
Os azulejos que revestem a igreja datam de 1730 e pertencem à
oficina do pintor Policarpo de Oliveira Bernardes. Segundo Susana Carrusca,
estes “constituem belíssimos exemplares da época barroca e tiveram como
protótipo os azulejos da Igreja de S. Lourenço de Carnide em Lisboa realizados
pelo mesmo mestre de azulejos (cerca de 1715-1720)”
A talha dourada que reveste o retábulo, cornija e arco da
cúpula, data de, aproximadamente 1735 e foi obra do melhor entalhador barroco
da região, o escultor farense Manuel Martins.
O edifício, dado o seu valor artístico do Barroco algarvio,
foi classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto-Lei n.º 35443, de
02 de Janeiro de 1946.
Este templo, é sede de paróquia desde 1849, ano em que a sede
transitou da igreja de São João da Venda[*].
Esta última é uma igreja quinhentista, com um interessante retábulo dos finais
do século XVI, de talha maneirista.
[*] As
fontes documentais acerca desta ermida são do início do século XVI, nas
Visitações da Ordem de Santiago ao Algarve, quando este templo dependia da
Igreja Matriz de Santa Maria de Faro, tendo só pároco residente a partir de 1681,
por decisão do Bispo D. José de Meneses, in: Idem, ibidem, pp.18 e 19.
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