A
espacialidade da festa – a ligação ao mar – uma história recente que confirma a
vitalidade de uma tradição secular…
A partir da década de 70 do século
passado o trajeto da procissão passou a ser feito por mar, certamente devido à
realidade da vila de então, em que a pesca já não representava a atividade
principal de Albufeira.
Durante o Estado Novo o cortejo era
acompanhado ao som da Banda da Mocidade Portuguesa, hoje em dia é pela Banda
Filarmónica de Paderne.
O atual percurso faz-se por mar, a
imagem da Senhora da Orada entra numa embarcação típica, transportada pelos
pescadores de Albufeira, no cais do Porto de Abriga (perto da marina) e
percorre a costa até à praia do INATEL, mantendo a sua forte ligação com os
homens do mar.
À multidão de fiéis juntam-se agora
também os turistas, a festa ganha uma nova dimensão, mas a sua origem
mantém-se, esta é a padroeira dos pescadores e o seu culto remonta a uma época
anterior ao século XVII. Ou seja, apesar do crescimento turístico, a raiz e a
vocação piscatória é anualmente evocada através da celebração de Nossa Senhora
da Orada.
P.S.B.
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