No litoral algarvio cultivava-se a vinha para produção
de vinho e de passas de uva nas suas qualidades: passa assaria, a melhor, e
passa bual, que se exportava.
Frei João de S. Jose citado por Magalhães (1970) “A vinha, não menos comum no Algarve do que as arvores de
fruto, diferia da de Portugal, segundo, por se não cavar, empar, nem trazer tão mimosa, utilizando-se como principais castas as uvas mouriscas, de que se faz
vinho, e as chamadas salira, a que em Portugal chamavam açaria, que se secam para
passa. Estendidas a maneira de canteiros, por terem depois lugar de as uirar, e
tomar o sol dambas as bandas, e he bom cobrilas de noite por cauza do orvalho
que lhes faz mal, como são passadas as apanhão, e enseirão, como as cá vemos”.
Margarida Costa, “As produções agrícolas e a dieta
mediterrânica” in: Dieta
Mediterrânica em Portugal: Cultura, Alimentação e Saúde, Universidade do Algarve, Faro, 2014, p. 77.
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