(...)
Nos
anos de 1877 e 78 Estácio da Veiga, foi oficialmente designado pelo Governo,
para proceder ao reconhecimento das antiguidades que surgiram na margem direita
do Guadiana, após chuvas torrenciais que caíram no final do ano de 1876 e que
provocaram grandes cheias no rio Guadiana, quer em Mértola, quer em Alcoutim[1].
Este
momento seria o início da acção deste arqueólogo na região da qual era natural.
Ao longo, aproximadamente, de dois anos, Estácio da Veiga irá percorrer todo o
Algarve, fazendo prospecção e levantamento arqueológicos, da região.
Deste
trabalho de arqueologia, que há muito abandonara o amadorismo, irá surgir a Carta Arqueológica do Algarve, a
primeira do país. A sua acção foi de tal modo importante e feita de forma
científica e sistemática, que ainda hoje, a sua obra Antiguidades
Monumentaes do Algarve[2],
é uma ferramenta incontornável para a arqueologia da região[3].
P.S.B.
[1] In João Luís
CARDOSO e Alexandra GRADIM – «Estácio da Veiga e o reconhecimento arqueológico
do Algarve: o concelho de Alcoutim», Separata de O Arqueólogo Português,
Série IV, Volume 22, Lisboa, 2004, pp. 67-112.
[2] De notar, que em
Novembro de 2006, foi lançado o V Volume, até então inédito.
[3] Vide Francisco
de Sande LEMOS, «art. cit.».
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