Uma viagem ao(s) Algarve(s)!!! «O viajante não é turista, é viajante. Há grande diferença. Viajar é descobrir, o resto é simples encontrar» (Saramago)
agosto 30, 2014
agosto 28, 2014
agosto 27, 2014
agosto 26, 2014
Igreja S. Lourenço - um pouco de história
"Edificada na primeira metade do século XVIII. Tem uma só nave com planta longitudinal e capela-mor coberta por uma cúpula. É de realçar o retábulo em talha nacional e o revestimento de azulejos setecentistas com cenas da vida de São Lourenço, que constitui um dos mais importantes conjuntos azulejares do país"
agosto 24, 2014
Almancil
"(…)
Perto da igreja corre o ribeiro de Almancil, que nasce em
huma caudalosa fonte chamada o Olho da Alfarrobeira, e tem huma ponte de alvenaria
a E. perto da igreja. Mais abaixo cortando a estrada de faro, já com o nome de
ribeiro de Ludo, tem outra bella ponte de cantaria feita pelo bispo D.
Francisco Gomes."
in: João Baptista Silva LOPES, Corografia ou Memória Económica,
Estatística e Topográfica do Reino do Algarve, 1.º Volume, Algarve em Foco
Editora, p. 315.
agosto 22, 2014
Igreja de S. Lourenço - Almancil
Na sequência do post sobre a criação da freguesia de Almancil
"Esta igreja he notável pela beleza com que estão pintados
nos azulejos, de que todas as paredes estão revestidas, todos os passos da vida
do Santo, e pela delicadeza do altar, cujas almofadas são de alabastro preto, e
de varias côres, colhidos alli mesmo. Tem de rendimento 80 mil réis, bons
paramentos, e casas suficientes, que podem servir para a residência do parocho;
pelo que a todos os respeitos foi bem formada esta nova freguezia, que no
decreto de 6 de novembro de 1836 vêm mencionada em a nova divisão
administrativa do reino. "
in: João Baptista Silva LOPES, Corografia ou Memória Económica,
Estatística e Topográfica do Reino do Algarve, 1.º Volume, Algarve em Foco
Editora, p. 314.
agosto 21, 2014
agosto 20, 2014
Almancil - criação da freguesia
"(…) a Junta do Districto de 1836… separou mais huma porção
de terreno para formar uma nova freguezia denominada S. Lourenço dos Matos ou
de Almancil, suprimindo a de S. João da Venda, que, pertencendo ao concelho de
faro, tinha no de Loulé huma grande parte dos freguezes com a ermida se S.
Lourenço, cujas rendas administrava a camara..."
in: João Baptista Silva LOPES, Corografia ou Memória Económica,
Estatística e Topográfica do Reino do Algarve, 1.º Volume, Algarve em Foco
Editora, p. 314.
agosto 19, 2014
Aviso à navegação
O blog nunca vai de férias, só a blogger por isso continuem a seguir os posts!
Obrigada! :)
Obrigada! :)
agosto 18, 2014
agosto 16, 2014
Ermida de Nossa Senhora da Orada - Albufeira
Um bocadinho de História
Desconhece-se ao certo a data da construção da capela primitiva,
provavelmente construída no século XVI. Esta sofreu diversas campanhas de
obras. O seu aspecto actual corresponde à segunda metade do século XVIII,
grosso modo.
No ano de 1578 D. Sebastião nomeia como ermitão Pero Simão, morador na vila
de Albufeira, atestando deste modo a sua existência já no século XVI.
A ermida foi construída num local ermo e deserto, em frente da Torre de
Vigia da Baleeira, num vale cercado a Oeste, Este e Norte por montes
relativamente elevados e a Sul, pela rocha da ponta da Baleeira.
No seu interior a ermida apresenta ex-votos que evocam os milagres e os
dramas da vida dos mareantes, sendo que este se trata de um templo de devoção
dos pescadores.
Em 1941 foi construído, junto à ermida, o Convento da Orada, entregue à
Ordem das Carmelitas Descalças, ordem extinta logo em 1948.
agosto 15, 2014
agosto 14, 2014
agosto 13, 2014
Ora bolas!
Há assuntos que são assim... recorrentes, cíclicos, repetitivos (talvez), mas a verdade é que voltamos sempre a eles, neste caso a elas! Ora bolas!
É isso mesmo, as famosas bolas-de-berlim estão de volta às praias e ao nosso blog! A novidade deste Verão de 2014 são as bolas-de-berlim com massa de alfarroba!
É isso mesmo, as famosas bolas-de-berlim estão de volta às praias e ao nosso blog! A novidade deste Verão de 2014 são as bolas-de-berlim com massa de alfarroba!
Que dizer?! Sou conservadora por natureza, e há clássicos que me "perseguem", nas bolas a história repete-se, prefiro as tradicionais bolinhas com ou sem creme.
As de alfarroba não são más, mas também não são boas... não convencem, a começar pelo aspecto... parecem bolas comuns que simplesmente se queimaram! Ora vejam:
As de alfarroba não são más, mas também não são boas... não convencem, a começar pelo aspecto... parecem bolas comuns que simplesmente se queimaram! Ora vejam:
São mais secas do que as outras e no fim têm um travo a algo, presumo que à tal alfarroba.
Prefiro as "originais":
agosto 12, 2014
agosto 11, 2014
Oração Senhora da Orada
Ó
Virgem Maria
Nossa
Mãe amada
Ouvi
nossos rogos
Senhora
da Orada.
Devota
capela
A
vós consagrada
Ficou
dando o nome
Ao
Vale da Orada.
E
todos os anos
Em
vosso louvor
Milhares
de crentes
Cantam
com fervor
(…)
E
dos Navegantes
Lá
no alto mar
Sois,
Mãe da Orada.
Estrela
Polar
Sois farol e guia
Dos filhos que amais
Senhora da Orada
Bendita sejais.
(…)
agosto 10, 2014
Senhora da Orada - cont. 3
A
espacialidade da festa – a ligação ao mar – uma história recente que confirma a
vitalidade de uma tradição secular…
A partir da década de 70 do século
passado o trajeto da procissão passou a ser feito por mar, certamente devido à
realidade da vila de então, em que a pesca já não representava a atividade
principal de Albufeira.
Durante o Estado Novo o cortejo era
acompanhado ao som da Banda da Mocidade Portuguesa, hoje em dia é pela Banda
Filarmónica de Paderne.
O atual percurso faz-se por mar, a
imagem da Senhora da Orada entra numa embarcação típica, transportada pelos
pescadores de Albufeira, no cais do Porto de Abriga (perto da marina) e
percorre a costa até à praia do INATEL, mantendo a sua forte ligação com os
homens do mar.
À multidão de fiéis juntam-se agora
também os turistas, a festa ganha uma nova dimensão, mas a sua origem
mantém-se, esta é a padroeira dos pescadores e o seu culto remonta a uma época
anterior ao século XVII. Ou seja, apesar do crescimento turístico, a raiz e a
vocação piscatória é anualmente evocada através da celebração de Nossa Senhora
da Orada.
P.S.B.
agosto 09, 2014
Senhora da Orada - cont. 2
A
dinâmica económica e social da festa
A festa era um acontecimento muito
importante no calendário da vida social albufeirense, durante meses a
comunidade piscatória envolvia-se nos preparativos da festa, este era, a par da
festa do Senhor dos Passos, o grande acontecimento do ano, “era dia de vestir a roupa nova, preparada
semanas antes”, relembram os mais velhos.
Nos dias de festa realizava-se também a
feira da Orada, no adro da ermida, esta foi instituída por D. José, a 21 de
Maio de 1766: “…devotos da Irmandade de
N. S.ª da Orada venerada na Igreja junto á Vila de Albufeira me apresentaram
por sua petição para ele poderem trazer aquela igreja com toda a ordem culto e
veneração (…) e porque a Imagem da mesma Excelsa Senhora, é muito milagrosa e
se festeja no dia 15 de Agosto em que nesse dia há grande concurso de gente ao
dito sitio pretendem fazer no mesmo dia uma feira franca aplicando-se o terrado
para o culto da mesma Senhora passe a presente Provisão para que no dito dia 15
de Agosto de cada ano se possa fazer uma feira franca de 3 dias…”aproveitando,
deste modo a afluência do grande número de fiéis que aqui se deslocava em homenagem
à Senhora da Orada, vindo de vários pontos do Algarve, sobretudo da cidade de
Faro.
A tradicional procissão de 14 de
Agosto fazia-se da capela até à zona do túnel, na esplanada (o Hotel Sol e Mar
ainda não tinha sido construído) e aí parava virada para o mar, onde as
embarcações dos pescadores, não apenas dos de Albufeira, se juntavam para
celebrar a sua padroeira e faziam-no com apitos e ovações, regressando depois
ao trabalho. O seu itinerário passava pelo coração da vila antiga e o seu
momento alto culminava em frente à praia.
agosto 08, 2014
Senhora da Orada - Cont 1
A
Lenda
Reza a lenda que “um grupo de pescadores encontra uma imagem de Nossa Senhora e
transfere-a para a igreja local. A imagem volta, contudo, a aparecer no sítio
de origem no dia seguinte e a população erige uma capela no local.”
A ermida foi construída num local ermo
e deserto, em frente da Torre de Vigia da Baleeira, num vale cercado a Oeste,
Este e Norte por montes relativamente elevados e a Sul, pela Rocha da Ponta da
Baleeira, na designada Várzea da Orada, onde atualmente se localiza a Marina de
Albufeira.
Tratando-se de um templo de devoção
dos pescadores, no seu interior encontram-se ex-votos que evocam os milagres e os dramas da vida dos mareantes.
São muitas as lendas e milagres
atribuídos a esta santa, o Padre Cardoso, no Dicionário Geográfico, de 1758
refere a esse propósito: “… se venera com
a mesma afluência de Milagres em todas as aflições e com especialidade nos
Mariantes e por muitas vezes se achou a Imagem com as roupas molhadas de agua
salgada, e cheias de areia como sinal de ter valido o seo amparo aos que
flutuavam nos mares.”
(cont.)
agosto 07, 2014
Senhora da Orada
Senhora
da Orada, a festa como expressão das crenças e espiritualidade de uma
comunidade piscatória
Os eventos festivos na sua dimensão
cultural enquanto fenómenos que são transmitidos de geração em geração,
constantemente recriados e vividos como parte da identidade de uma comunidade,
são elementos importantes para perceber as vivências de um determinado grupo na
sua relação com meio.
Em Albufeira a ligação ao mar
expressa-se na devoção dos pescadores a Nossa Senhora da Orada, em honra da
qual se realiza a festa homónima, cujo ponto alto é a procissão que se realiza
a 14 de Agosto.
(cont.)
agosto 05, 2014
agosto 03, 2014
De museu a colecção
(...)
No ano
de 1897 a colecção do museu do Algarve, é cedida ao recém-criado Museu
Etnográfico Português, actual Museu Nacional de Arqueologia. Com esta cedência
e incorporação no referido museu, extingue-se, definitivamente o Museu
Archeologico do Algarve, bem como a esperança do seu autor o ver
transferido para a capital de província.
Para aceder ao texto completo: O Museu Archeologico do Algarve
Para aceder ao texto completo: O Museu Archeologico do Algarve
P.S.B.
agosto 02, 2014
agosto 01, 2014
Museu vontade de um homem
(...)
Considera-se
difícil dissociar o homem da sua obra. À semelhança de outros museus e não
exclusivamente no século XIX, encontramos exemplos para o século XVIII, como
também para o século XX, o Museu
Archeologico do Algarve nasceu da vontade e da acção de um homem, que após
o seu encerramento voltou a tentar que a colecção fosse enviada para Faro. Não
obstante o empenho de Estácio da Veiga isso nunca aconteceu e a colecção que um
dia fez parte do Museu do Algarve permaneceu na Academia das Belas Artes, que
em 1885 a desorganizou por completo, escolhendo as peças, esteticamente mais
belas, como foram o caso dos mosaicos e estátuas, para integrarem o novo Museu
de Bellas Artes e Archeologia, sob a direcção do conde de Almedina[1].
P.S.B.
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