Aliás a mulher algarvia não prima pela beleza. O sangue mourisco corrompeu-a. a luz intensa e a excessiva secura do ar gretam-lhe a pele. É débil, pequena, encarquilhada, sem viço nem frescura - um fruto passado ao sol, como as suas uvas e figos. Apenas num ou noutro ponto do Barlavento algumas mulheres de carnação sadia, boca vermelha e grandes olhos negros, cujo ardor é velado pelas franjas das pestanas sedosas e compridas, nos fazem lembrar os melhores tipos da pura raça árabe do Yemen."
in: Guia de Portugal, 1927, p.203
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