(...)
Da
documentação que consultámos, no Museu Nacional de Arqueologia, assim como
todos os documentos publicados, nomeadamente a correspondência pessoal e
institucional, e as próprias obras de Estácio da Veiga, algumas delas póstumas,
demonstram a importância que ele atribuía à sua acção enquanto arqueólogo e a
clareza que teve, desde o encerramento do museu, até à sua morte, que muita da
informação que a colecção por ele coligida e organizada em museu, que
entretanto se amontoara de forma, completamente caótica e sem nexo, se iria,
irremediavelmente perder, daí a sua preocupação em ir, constantemente
actualizando e reformulando o inventário do museu (o último que encontrámos
datava de 1885), com a descrição pormenorizada do espólio e desenhos. Há uma
preocupação enorme em salvaguardar, não só o património em si mesmo, mas também
o seu contexto, pois sem este último o património móvel perde a leitura e logo
o significado.
P.S.B.