janeiro 05, 2012

“As caldas de Monchique são um éden de vegetação e de frescura em pleno Algarve. Quando o estio calcina a terra, refugiarmo-nos nesta mansão da natureza é viver a vida descuidosa dos abades longe do struggle of life.
(...)
O balneário é uma casa ampla, ao rez do chão, um tanto pesada nas suas abobadas, e repartida para a direita e para a esquerda em cacifos destinados aos banhos de immersão, duches geraes e parciaes de vapor, massagem, mecanotherapia, gymnastica medica, e bromotherapia. Jorram ali quatro nascentes d’aquas minerales hyposativas, carbonatadas, alcalinas e sulfatadas, alem de aguas férreas e potáveis puríssimas. O edifício limita uma das faces do terreirto destinado aos jogos, à cavaqueira, aos concertos e aos giros chorographicos que constituem o proemio dos casamentos… d’arribação. Em torno há o casino, e chalets para uso da colónia balnear."
in: João Arruda - Cartas d’um viajor. 1908, pp. 86-87






Caldas de Monchique














janeiro 04, 2012

“Mergulhamos no sono, até que a frescura arrepiante da madrugada, nos surpreende nas proximidades de S. Bartolomeu de Messines, oferecendo-nos completa mutação de paisagem. Por toda a parte que a vista abrange a Figueira, a Amendoeira, a Alfarrobeira – trindade vegetal que faz a riqueza do Algarve”.


in:João Arruda - Cartas d’um viajor. 1908, p. 74

janeiro 03, 2012

“ ... Não há perspectiva nem paisagem marítima que me não empalideça na imaginação, à lembrança e ao confronto dos trechos da costa Algarvia que conheço. E quando mais acentuadamente clássico e mediterrâneo é o quadro, melhor me ressalta a graça, a harmonia o acabado das composições que enriquecem as praias da minha província."


in: Viajantes, Escritores e Poetas – «M. Teixeira-Gomes e o Algarve», Ana Carvalho, (p.149 e segs.)