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fevereiro 17, 2012

Pesca de atum

"A armação, engenho muito antigo, cujo nome, almadrava, cheira a árabe, é constituída pelo corpo – dividido em três compartimentos, câmara, bucho e copo – pela rabeira, que se estende até a terra, para que o atum não passe, e pelo quartel de fora, destinado ao mesmo fim, e estendido para o mar, em ângulo obtuso com a rabeira.
A armação tem às vezes a forma dum grande T, na temporada do direito, com duas bocas para a entrada do peixe servindo uma delas para a recuada da bacia de Monte Gordo. Para o atum de revés suprime-se parte da armação, ficando reduzida a um ângulo mais ou menos obtuso. A rede, de malha muito larga, mais apertada no copo, é tecida de corda da grossura do dedo mindinho. Nas bocas, que deixam entrar o atum mas não o deixam sair, está o segredo da armação."
in: Raul Brandão - Os Pescadores, 1923, p. 79

Fonte: Arquivo Municipal de Lisboa. Artur Pastor, déc. 40 séc. XX - Tavira

fevereiro 08, 2012

De Lagos a Vila do Bispo no séc. XIX

"Em Lagos alugamos um carro. Durante o caminho almoçamos, na bela aldeia de Figueira, das provisões que trouxemos para dois dias. (…) Consistiam aquelas em pão de Lagos, atum seco ao sol e cortado em pedaços, sardinhas em azeite, conservas de mortadela, vinho de Portimão, água excelente, café de castanhas e aguardente de medronho.
São precisas três horas para chegar a Vila do Bispo, o último centro habitado do oeste de Portugal."

Leopold Alfred Gabriel Germond de Lavigne, séc. XIX