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abril 17, 2015

A fartura é a sardinha

(...) 

Mas a abundância e a riqueza, a fartura, é a sardinha. Foi inesgotável, foi compacta, tanta que noites inteiras e seguidas ninguém em Olhão podia dormir. E dizia-se:
– Houve hoje grande matação de peixe. – Há aqui duas qualidades: a do sueste, que vem em Abril e arranca aos cardumes da costa de Marrocos; e o peixe do sudoeste,
maior, mais gordo e menos saboroso, isto sem contar com a sardinha de passagem, que aparece em Janeiro quando desova. – Já lá anda perdida... – dizem os pescadores. –
Morde-lhe a ova.
(...)


in: Raul Brandão, Os Pescadores

fevereiro 08, 2012

De Lagos a Vila do Bispo no séc. XIX

"Em Lagos alugamos um carro. Durante o caminho almoçamos, na bela aldeia de Figueira, das provisões que trouxemos para dois dias. (…) Consistiam aquelas em pão de Lagos, atum seco ao sol e cortado em pedaços, sardinhas em azeite, conservas de mortadela, vinho de Portimão, água excelente, café de castanhas e aguardente de medronho.
São precisas três horas para chegar a Vila do Bispo, o último centro habitado do oeste de Portugal."

Leopold Alfred Gabriel Germond de Lavigne, séc. XIX