Mostrar mensagens com a etiqueta Estácio da Veiga. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Estácio da Veiga. Mostrar todas as mensagens

agosto 03, 2014

De museu a colecção


(...)
No ano de 1897 a colecção do museu do Algarve, é cedida ao recém-criado Museu Etnográfico Português, actual Museu Nacional de Arqueologia. Com esta cedência e incorporação no referido museu, extingue-se, definitivamente o Museu Archeologico do Algarve, bem como a esperança do seu autor o ver transferido para a capital de província.



Para aceder ao texto completo: O Museu Archeologico do Algarve
P.S.B.

agosto 01, 2014

Museu vontade de um homem

(...)
Considera-se difícil dissociar o homem da sua obra. À semelhança de outros museus e não exclusivamente no século XIX, encontramos exemplos para o século XVIII, como também para o século XX, o Museu Archeologico do Algarve nasceu da vontade e da acção de um homem, que após o seu encerramento voltou a tentar que a colecção fosse enviada para Faro. Não obstante o empenho de Estácio da Veiga isso nunca aconteceu e a colecção que um dia fez parte do Museu do Algarve permaneceu na Academia das Belas Artes, que em 1885 a desorganizou por completo, escolhendo as peças, esteticamente mais belas, como foram o caso dos mosaicos e estátuas, para integrarem o novo Museu de Bellas Artes e Archeologia, sob a direcção do conde de Almedina[1].
P.S.B.



[1] Maria Luísa Estácio da Veiga Affonso Pereira, «art. cit.», p. 40.

julho 31, 2014

Encerramento

(...)
Da documentação que consultámos, no Museu Nacional de Arqueologia, assim como todos os documentos publicados, nomeadamente a correspondência pessoal e institucional, e as próprias obras de Estácio da Veiga, algumas delas póstumas, demonstram a importância que ele atribuía à sua acção enquanto arqueólogo e a clareza que teve, desde o encerramento do museu, até à sua morte, que muita da informação que a colecção por ele coligida e organizada em museu, que entretanto se amontoara de forma, completamente caótica e sem nexo, se iria, irremediavelmente perder, daí a sua preocupação em ir, constantemente actualizando e reformulando o inventário do museu (o último que encontrámos datava de 1885), com a descrição pormenorizada do espólio e desenhos. Há uma preocupação enorme em salvaguardar, não só o património em si mesmo, mas também o seu contexto, pois sem este último o património móvel perde a leitura e logo o significado.
P.S.B.

julho 29, 2014

Comunicação - Museu Archeologico do algarve


A linguagem adoptada na exposição, com grandes preocupações em fazer passar bem a mensagem, em ser compreensível, em ser acessível aos visitantes, parece-nos bastante actual, pois são preocupações, ainda hoje determinantes e fundamentais dentro de um museu. Para além da importância da conservação do património, neste caso móvel, denota-se a extrema atenção dada à comunicação, ou seja a valorização, uma vez mais do museu enquanto instituição do saber. (...)

P.S.B.

julho 28, 2014

Um Museu, uma imagem

(...)

Tal como actualmente, as instituições museológicas adoptam uma imagem, que servirá de interface de comunicação com o exterior. Já então Estácio da Veiga tinha essa preocupação, a de criar uma imagem de marca do seu museu, que o identificasse junto do público, fosse ele público num sentido lato, como junto do público especializado. 
P.S.B.

julho 27, 2014

A Carta Archeologica do Algarve no Museu Archeologico do Algarve

(...)
Na exposição encontrava-se o original da Carta Archeologica do Algarve e seis cartas geográficas, como complemento informativo ao visitante. De notar a importância atribuída pelo arqueólogo, agora com funções de museólogo, à relação e à interdependência estabelecidas entre território e cultura, um dos aspectos fundamentais da Arqueologia hoje em dia, nomeadamente ao nível do ordenamento do (s) território (s).

P.S.B.

julho 26, 2014

Ainda sobre o museu archeologico do Algarve

O contexto da descoberta, elemento fulcral em Arqueologia, era uma preocupação sempre presente em Estácio da Veiga. Ao que parece, no campo, este era extremamente atento ao contexto e aos mínimos fragmentos que surgiam, procedendo ao registo e ao fiel desenho dos achados[1]. A sua vasta obra publicada, reflecte, precisamente esta preocupação, assim como a própria exposição (...)

P.S.B.


[1]A este respeito um dos congressistas – Adolf de Ceuleneer, que conheceu o museu, escreveu: “ (…) muito raramente me aconteceu encontrar um arqueólogo que tenha feito escavações com tantos cuidados e método como o Sr. Estácio da Veiga. Nem o mais pequeno objecto foi desprezado (…) é inútil dizer que a classificação e o arranjo foram feitos com tantos cuidados metódicos como foram as próprias escavações.”, citado por Maria Luísa Estácio da Veiga PEREIRA, in «art.cit», p. 270.

julho 24, 2014

O Museu Archeologio do Algarve

(...)
Da breve existência do museu algarvio, que abriu ao público, a 26 de Setembro de 1880[1], (...); e teve ordem para ser encerrado, cerca de um ano depois, em Setembro de 1881; sabemos que a organização da exposição foi feita de acordo com vários critérios, que o inventário a que acedemos corrobora.
P.S.B


[1] B.M.N.A. – Inventário (cópia) do Museu Archeologico do Algarve, 1885.

julho 23, 2014

A necessidade de um museu

(...)
Após este estudo exaustivo das antiguidades do Algarve, e como forma de comprovar a Carta Arqueológica, conforme é expresso no ofício datado de 1 de Abril de 1880: “ (…) foi V. Ex.ª encarregado pelo Exmo. Ministro do Reino de classificar e catalogar por modo que possam ser expostos ao público os Monumentos Archeologicos vindos ùltimamente do Algarve, e por V. Ex.ª [Estácio da Veiga] descobertos e colleccionados para a comprovação da Carta Archeologica d’aquela Província (…)”[1], surge a necessidade de se criar um museu.

P.S.B.



[1] Documento publicado por Maria Luísa Estácio da Veiga PEREIRA – «O Museu Archeológico do Algarve (1880-1881) – Subsídios para o estudo da Museologia no Século XIX», in: Separata dos Anais do Município de Faro, 1981, p. 168.


julho 21, 2014

A acção de Estácio da Veiga

(...)
Nos anos de 1877 e 78 Estácio da Veiga, foi oficialmente designado pelo Governo, para proceder ao reconhecimento das antiguidades que surgiram na margem direita do Guadiana, após chuvas torrenciais que caíram no final do ano de 1876 e que provocaram grandes cheias no rio Guadiana, quer em Mértola, quer em Alcoutim[1].

Este momento seria o início da acção deste arqueólogo na região da qual era natural. Ao longo, aproximadamente, de dois anos, Estácio da Veiga irá percorrer todo o Algarve, fazendo prospecção e levantamento arqueológicos, da região.

Deste trabalho de arqueologia, que há muito abandonara o amadorismo, irá surgir a Carta Arqueológica do Algarve, a primeira do país. A sua acção foi de tal modo importante e feita de forma científica e sistemática, que ainda hoje, a sua obra Antiguidades Monumentaes do Algarve[2], é uma ferramenta incontornável para a arqueologia da região[3].

P.S.B.



[1] In João Luís CARDOSO e Alexandra GRADIM – «Estácio da Veiga e o reconhecimento arqueológico do Algarve: o concelho de Alcoutim», Separata de O Arqueólogo Português, Série IV, Volume 22, Lisboa, 2004, pp. 67-112. 
[2] De notar, que em Novembro de 2006, foi lançado o V Volume, até então inédito.
[3] Vide Francisco de Sande LEMOS, «art. cit.».