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agosto 06, 2016

abril 06, 2016

mudavam-se de armas e bagagens para Quarteira



Inês Farrajota, empresária natural de Loulé recorda que no verão, à semelhança de grande parte das famílias louletanas, «mudavam-se de armas e bagagens para Quarteira.»

Lembra-se bem das mulheres que apareciam com grandes panelas para vender batata-doce, de manhã cedo na praia. Era um costume que, acredita Inês Farrajota, já vinha dos anos 20 e 30, quando os algarvios se levantavam muito cedo e iam dar um mergulho à praia logo de madrugada, para depois voltarem rapidamente para casa, ‘porque tinham medo que o sol fizesse mal’. A batata-doce, acompanhada de aguardente, era para ajudara a aquecer o corpo depois do mergulho matutino.

À noite em Quarteira animava-se uma pequena vida social, que incluía, até, uma esplanada com orquestra a tocar, onde se ficava a jogar às cartas, a organizar concurso, a eleger misses. ‘Havia bailaricos, e vinham pessoas das redondezas. Aparecia a Simone de Oliveira e muitos fadistas.’ A animação era regulada pela central eléctrica, que à uma da manhã emitia três sinais para avisar que a luz ia ser desligada e que era hora de recolher.

março 30, 2015

Monchique - estação de verão



"A região de Monchique, que possui belezas que não são inferiores às decantadas maravilhas dos Pirenéus é uma excelente estação de verão."

in: 

Correia Santos – “O Turismo no Algarve – como os estrangeiros sabem valorizar as suas riquezas”, Casa do Algarve, Lisboa, 1931

janeiro 29, 2015

Região

"(…) durante as últimas décadas, esta região tem funcionado em relação ao corpo continental do país, como se fosse o resultado galopante duma adição de todas as suas partes. Há uma imagem que pode ajudar a descrevê-la – Basta representar o rectângulo, e ir inscrevendo nele região, parcela por parcela, até se atingir o limite sul do Baixo Alentejo. Aí chegando, desenhe-se um traço horizontal, proceda-se ao cálculo numérico, e obter-se-á o Algarve, entre os meses de Julho e Setembro."



in: Contrato Sentimental, Lídia Jorge – Sextante Editora, 2009, p. 150

agosto 13, 2014

Ora bolas!

Há assuntos que são assim... recorrentes, cíclicos, repetitivos (talvez), mas a verdade é que voltamos sempre a eles, neste caso a elas! Ora bolas!
É isso mesmo, as famosas bolas-de-berlim estão de volta às praias e ao nosso blog! A novidade deste Verão de 2014 são as bolas-de-berlim com massa de alfarroba!
Que dizer?! Sou conservadora por natureza, e há clássicos que me "perseguem", nas bolas a história repete-se, prefiro as tradicionais bolinhas com ou sem creme.
As de alfarroba não são más, mas também não são boas... não convencem, a começar pelo aspecto... parecem bolas comuns que simplesmente se queimaram! Ora vejam:



São mais secas do que as outras e no fim têm um travo a algo, presumo que à tal alfarroba.

Prefiro as "originais":


junho 24, 2014

Verão?

"Verão? Não se sabe se o verão já começou porque o tempo vae de inverno. Quando não chove, não faz sol e, se de dia, nalguns rasgões de nuvens, o sol passa um pouco mais quente, á noite faz frio. É por isso que o exodo dos ricos para os campos e aguas mineraes esta retardado e a concorrencia aos teatros e cinemas ainda não afrouxou, nem os divertimentos ao ar livre teem a concorrencia que costumam ter. (...)"


in: O Algarve, 06.07.1930

junho 23, 2014

julho 02, 2012

Criação do Real Instituto de Socorros a Náufragos

Algumas datas (históricas) curiosas:

1892 – Criação do Real Instituto de Socorros a Náufragos, sob o alto patrocínio da Rainha D. Amélia



1909 – 1.º registo de apoio a banhistas, referido no Relatório da Comissão Central do ISN, onde se propõe a criação de um sistema de vigilância com uma embarcação que percorria a praia durante os banhos, sendo que os primeiros sistemas deste tipo foram implementados nas praias de Trafaria e de Albufeira

junho 24, 2012

Verão em Quarteira


Inês Farrajota, empresária natural de Loulé recorda que no verão, à semelhança de grande parte das famílias louletanas, «mudavam-se de armas e bagagens para Quarteira. Lembra-se bem das mulheres que apareciam com grandes panelas para vender batata-doce, de manhã cedo na praia. Era um costume que, acredita Inês Farrajota, já vinha dos anos 20 e 30, quando os algarvios se levantavam muito cedo e iam dar um mergulho à praia logo de madrugada, para depois voltarem rapidamente para casa, ‘porque tinham medo que o sol fizesse mal’. A batata-doce, acompanhada de aguardente, era para ajudara a aquecer o corpo depois do mergulho matutino. 
À noite em Quarteira animava-se uma pequena vida social, que incluía, até, uma esplanada com orquestra a tocar, onde se ficava a jogar às cartas, a organizar concurso, a eleger misses. ‘Havia bailaricos, e vinham pessoas das redondezas. Aparecia a Simone de Oliveira e muitos fadistas.’ A animação era regulada pela central eléctrica, que à uma da manhã emitia três sinais para avisar que a luz ia ser desligada e que era hora de recolher.

A época de banhos prolongava-se por Outubro e até Novembro, altura em que chegavam os chamados “banhistas de alforge”, que só podiam ir a banhos depois de terminarem os trabalhos nas colheitas.»

in:COELHO, Alexandra Prado, 2009, Revista Pública de 05.07.09, «Para além do Caldeirão havia um Paraíso», (p. 16 a 21).