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novembro 05, 2015

Alfarroba como alimento de...


 Até, sensivelmente, meados do século XX, a alfarroba era utilizada como alimentação de animais, dado o seu alto valor nutricional e pequeno volume...




outubro 01, 2015

Curiosidades acerca da alfarroba

- Pensa-se que as suas sementes foram usadas, no Antigo Egipto, para a preparação de múmias; foram, aliás, encontrados vestígios de suas vagens em túmulos.

- Na Grécia Antiga o nome da alfarroba era kerátion, diminutivo de keras, que significa corno, devido à dureza e forma curvilínea da vagem.

- Reza a história que o peso da semente da alfarroba era constante, pesando exactamente 200 miligramas, o que originou a unidade de peso quilate (do árabe quírat) unidade esta usada no peso dos diamantes.

- Etimologicamente a palavra alfarroba deriva do árabe: al-harruba.

- A alfarroba tem um sabor peculiar sendo utilizada como substituto do chocolate;

setembro 27, 2015

A origem da alfarrobeira - Ceratonia síliqua


A alfarrobeira - Ceratonia síliqua - é originária do Médio Oriente, provavelmente da Síria, tendo sido trazida para a Europa pelos gregos. A sua expansão para o sul de Itália foi feito a partir da Grécia, sendo, actualmente, tornando uma das árvores mais representativas da Bacia do Mediterrâneo. 

Surgem referências à alfarrobeira na Bíblia a propósito da alimentação de João Baptista. O profeta pregava no deserto da Judeia, uma região árida e montanhosa, onde se alimentava de gafanhotos (locust) e mel.
A alfarroba é também conhecida como locust bean (feijão gafanhoto), pela semelhança entre a vagem e o insecto. Sabendo-se da existência de gafanhotos na época, através da praga, surge a dúvida acerca do que comeria o profeta: 
- Gafanhotos ou alfarrobas? 
Daí que os ingleses chamem à alfarrobeira St. John's Bread (pão de São João), devido a uma diferente interpretação da palavra locust, que pode vir da tradução grega do manuscrito.

Texto adaptado de: CÂMARA, Fortunato da -  Alimentos ao sabor da histórias, Colares Editora,Sintra, 2010, pp. 23 e 24

maio 10, 2015

O sal no Antigo Testamento

"Relativamente ao sal, este era usado no Antigo Testamento para expurgar o sangue das carnes dos animais, pelo que simboliza a incorruptibilidade. Além de servir de tempero culinário, os crentes misturavam-no com incenso para ser queimado em honra da divindade. O fumo libertado por aquela combustão era considerado uma «coisa santíssima». O sal selava as alianças, tornando-os duradouras e, sobre a mesa, simbolizava as relações amistosas entre os comensais."

LAVRADOR, Luís - "A Bíblia é de comer", in: Visão História, n.º 28, Abril, 2015, p.20

dezembro 01, 2014

Tema do mês...

Este mês de Dezembro vai ser  dedicado à alimentação, no sentido lato do termo, assinalando, deste modo o 1.º aniversário da classificação da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial (PCI) da UNESCO, fique atento!

novembro 29, 2014

Modo de vida

"De geração em geração, tradições e práticas vão sendo transmitidas, preservando saberes e sabores, para que à mesa de Portugal se aprecie tanta variedade de pão, azeite e vinho, sopas, ensopados, cozidos e caldeiradas.

Sublimam os aromas, as ervas aromáticas. São iguarias simples, verdadeiras almas imaculadas de um povo.


Esta cozinha não é um regime alimentar, é um modo de vida."



in: Dieta Mediterrânica-  um património civilizacional partilhado, brochura realizada no âmbito da Comissão responsável pela candidatura da Dieta Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da Humanidade/UNESCO, p. 18 - PDF

novembro 26, 2014

Azeite

"Geralmente associado ao cultivo da vinha está o cultivo da oliveira, espécie difundida pelos muçulmanos e que marca, indiscutivelmente, a paisagem meridional. O aumento do cultivo da oliveira, que traça um caminho inverso ao da Reconquista, sem, contudo, ultrapassar muito a linha do Mondego, está associado à produção de azeite.

O azeite é a gordura mais utilizada na Idade Média, quer por cristãos, quer por muçulmanos. É utilizada na cozinha e também na iluminação. Loulé, concelho situado a sul, antigo centro urbano muçulmano, como não poderia deixar de ser, possuía lagares de azeite…”


BATISTA, Patrícia, “A Alimentação no concelho de Loulé nos séculos XIV e XV”, in: Al’-Ulyã, n.º 11, Revista do Arquivo Histórico Municipal de Loulé, Loulé, 2006, pp. 69-82


novembro 25, 2014

Dieta mediterrânica

"A natureza mediterrânica do território nacional assim estabelecida, associada à localização atlântica está na origem da história da alimentação dos portugueses, muito caracterizada pelo consumo de produtos mediterrânicos (trigo, vinho, azeite, hortícolas e leguminosas) complementado com os recursos da pesca."

in: Dieta Mediterrânica-  um património civilizacional partilhado, brochura realizada no âmbito da Comissão responsável pela candidatura da Dieta Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da Humanidade/UNESCO – PDF

novembro 20, 2014

Pão e vinho

“A base da dieta alimentar medieval é constituída pelo pão e pelo vinho. O pão é sem dúvida alguma, presença obrigatória, quer na mesa dos ricos, quer na dos pobres, com as respectivas diferenças. De facto, o enorme cultivo que se faz de cereal por todo o país, inclusivamente em zonas onde os solos não se mostram férteis para tal cultura e a necessidade de importar pão do estrangeiro, só se justifica devido ao seu enorme consumo…”


BATISTA, Patrícia Santos, “A Alimentação no concelho de Loulé nos séculos XIV e XV”, in: Al’-Ulyã, n.º 11, Revista do Arquivo Histórico Municipal de Loulé, Loulé, 2006, pp. 69-82

novembro 19, 2014

Pão

“Lado a lado com o vinho, encontramos, para a época medieval, o pão! O pão é um dos alimentos base da alimentação medieva. Devido à falta de cereal, “pão” não era sinónimo de pão de trigo. O pão dos ricos era alvo, feito de trigo, o cereal nobre; enquanto que o pão dos pobres era escuro, de mistura, por vezes até com mistura de três cereais: centeio, milho-miúdo e cevada. Era um pão de segunda. O pão de trigo para os mais desfavorecidos era apenas consumido em dia de festa!”






BATISTA, Patrícia Santos, “A Alimentação no concelho de Loulé nos séculos XIV e XV”, in: Al’-Ulyã, n.º 11, Revista do Arquivo Histórico Municipal de Loulé, Loulé, 2006, pp. 69-82

outubro 11, 2014

Já diz o povo...

Provérbios


"O vinagre e o limão são meio cirurgião"

"Azeite de oliva todo o mal tira"

"Queijo com pão faz o homem são"

outubro 10, 2014

Paisagem à mesa...


"Olhar a paisagem algarvia, observá-la atentamente é perceber como se organiza a alimentação, neste caso, uma paisagem composta de terra e de mar, com os seus produtos alimentares constituem elementos privilegiados de interpretação da cozinha local das especificidades do território, as quais por sua vez, são o resultado da simbiose entre património natural e património cultural, através de uma intervenção humana concertada com o equilíbrio ambiental. Assim sendo, as paisagens refletem a história e a interação entre o Homem e a Natureza, no sentido de satisfazer as suas necessidades alimentares."


Maria Manuel Valagão, "Identidade alimentar mediterrânica de Portugal e do Algarve", in: A Dieta Mediterrânica em Portugal: Cultura, Alimentação e Saúde, Universidade do Algarve, Faro, 2014, p. 34


outubro 05, 2014

Figos prenhos




Receita:
"Faça um massapão com amêndoas raladas, o mesmo peso de açúcar e uma clara de ovo. Tenda pequenos bolinhos e use um pouco de ovos moles como recheio. Abra os figos secos do lado contrário ao pé e encha-os com o massapão recheado, de maneira que se veja o amarelo dos ovos moles."

in: SARAMAGO, Alfredo, Cozinha Algarvia, Assírio & Alvim, pp. 182 e195

outubro 01, 2014

Aculturações alimentares


(...)


"Em relação à alimentação medieval portuguesa, encontram-se algumas semelhanças com a alimentação árabe, o que denuncia, desde já uma certa continuidade e não, necessariamente uma ruptura entre estes dois mundos em confronto no movimento designado de “Reconquista Cristã”.
 (...)
Nos costumes muçulmanos entronca, sem dúvida, a doçaria regional algarvia que tem como base o maçapão, massa (lawzinadj ) feita de amêndoas moídas e açúcar e os doces que têm como base fundamental: amêndoas, nozes,pistácios, tâmaras, açúcar, mel e canela, as filhós, exemplo da herança árabe a nível culinário, ainda fazem parte da doçaria portuguesa, perpetuando deste modo as nossas raízes muçulmanas..."
 




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