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Imagem retirada do site da "Compal" |
Uma viagem ao(s) Algarve(s)!!! «O viajante não é turista, é viajante. Há grande diferença. Viajar é descobrir, o resto é simples encontrar» (Saramago)
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dezembro 13, 2014
dezembro 12, 2014
Uma fama já antiga
"Laranja e limão: estas fructas são
talvez (às de certos sítios) as mais preciosas do reino: exportão-se não
poucas, em navios belgas, hollandezes, francezes, e inglezes."
in: João Baptista Silva LOPES, Corografia ou Memória Económica, Estatística e Topográfica do
Reino do Algarve, 1.º Volume, Algarve em Foco Editora,1988[1.ª ed. de 1839]
p.151
dezembro 10, 2014
Mariscos
"Não só de varios peixes abunda a
costa do Algarve, mas tambem de diversos mariscos, que fornecem a seus habitantes precioso e exquisito alimento: deles estão
cobertas as praias e rochas; e a pouco ou nenhum custo vai o pobre apanhar naquelas
a ameijoa, berbigão, longueirão, cadelinha, lapa, etc. e nestas a ostra,
mexilhão, lapa, burgao, perceve, etc. A lagosta, camarão, lobagante,
caranguejola, e buzio vêm nas redes que não poucas vezes tambem trazem esponjas,
ou o mar as arrojas ás praias, nas mais lodosas das quaes se encontrão muitos e
bons caranguejos. Algumas vezes tambem aparecem tartarugas."
in: João Baptista Silva LOPES, Corografia ou Memória Económica, Estatística e Topográfica do
Reino do Algarve, 1.º Volume, Algarve em Foco Editora,1988[1.ª ed. de 1839]
p.101
dezembro 05, 2014
Vinho, vinagre e ...
"Do bagaço fazem vinagre, pouco de
destila para aguardente. (…)
As vinhas ficárão bastante
estragadas, e muitas deixarão de ser vindimadas em 1833*, e podadas em 1834* por
causa da guerra, de sorte que foi preciso importar vinho para muitas terras em
que sobeja."
*Período das Lutas Liberais
in: João Baptista Silva LOPES, Corografia ou Memória Económica, Estatística e Topográfica do
Reino do Algarve, 1.º Volume, Algarve em Foco Editora,1988[1.ª ed. de 1839]
p.140
dezembro 04, 2014
Vinho
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Iluminura Medieval |
in: João Baptista Silva LOPES, Corografia ou Memória Económica, Estatística e Topográfica do
Reino do Algarve, 1.º Volume, Algarve em Foco Editora,1988[1.ª ed. de 1839]
p.139
dezembro 02, 2014
Ainda sobre a produção de azeite
"Fabrica-se muito azeite no Algarve,
a ponto de se exportar por sobejar consumo. (…) As azeitonas preparadas em
salmoira são tambem alli obejcto de commercio; e algumas se exportão."
in: João Baptista Silva LOPES, Corografia ou Memória
Económica, Estatística e Topográfica do Reino do Algarve, 1.º Volume, Algarve em Foco Editora,1988[1.ª ed. de 1839] p.148
dezembro 01, 2014
Tema do mês...
Este mês de Dezembro vai ser dedicado à alimentação, no sentido lato do termo, assinalando, deste modo o 1.º aniversário da classificação da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial (PCI) da UNESCO, fique atento!
novembro 29, 2014
Modo de vida
"De geração em geração, tradições e práticas
vão sendo transmitidas, preservando saberes e sabores, para que à mesa de
Portugal se aprecie tanta variedade de pão, azeite e vinho, sopas, ensopados,
cozidos e caldeiradas.
Sublimam os aromas, as ervas
aromáticas. São iguarias simples, verdadeiras almas imaculadas de um povo.
Esta cozinha não é um regime
alimentar, é um modo de vida."
in: Dieta Mediterrânica- um património civilizacional partilhado, brochura realizada no âmbito da Comissão responsável
pela candidatura da Dieta Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da
Humanidade/UNESCO, p. 18 - PDF
novembro 27, 2014
Produção de azeite
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Foto de azeite retirada de: http://agrotec.pt/producao-mundial-de-azeite-pode-reduzir-19/
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novembro 26, 2014
Azeite
"Geralmente associado ao cultivo da
vinha está o cultivo da oliveira, espécie difundida pelos muçulmanos e que
marca, indiscutivelmente, a paisagem meridional. O aumento do cultivo da
oliveira, que traça um caminho inverso ao da Reconquista, sem, contudo,
ultrapassar muito a linha do Mondego, está associado à produção de azeite.
O azeite é a gordura mais utilizada na
Idade Média, quer por cristãos, quer por muçulmanos. É utilizada na cozinha e
também na iluminação. Loulé, concelho situado a sul, antigo centro urbano
muçulmano, como não poderia deixar de ser, possuía lagares de azeite…”
BATISTA,
Patrícia, “A Alimentação no concelho de Loulé nos séculos XIV e XV”, in:
Al’-Ulyã, n.º 11, Revista do Arquivo
Histórico Municipal de Loulé, Loulé, 2006, pp. 69-82
novembro 25, 2014
Dieta mediterrânica
"A natureza mediterrânica do território
nacional assim estabelecida, associada à localização atlântica está na origem
da história da alimentação dos portugueses, muito caracterizada pelo consumo de
produtos mediterrânicos (trigo, vinho, azeite, hortícolas e leguminosas)
complementado com os recursos da pesca."
in: Dieta Mediterrânica- um património civilizacional partilhado, brochura
realizada no âmbito da Comissão responsável pela candidatura da Dieta Mediterrânica
a Património Cultural Imaterial da Humanidade/UNESCO – PDF
novembro 23, 2014
Paisagem e alimentação
“As diferenças entre o Norte e o Sul,
com o Mondego como referência, estão bem patentes no clima e morfologia dos
terrenos, nos sistemas agrários e na divisão da propriedade, nos vinhedos
serranos do Douro e no montado alentejano, nos povoamentos fracionados ou
concentrados, no granito da casa nordestina ou beirã e nos barros e taipas do
Alentejo e Algarve. São também visíveis nas expressões linguísticas e
“falares”, nas festas e modos de celebração colectiva, na tradição oral, nos desfiles
de oferendas, e ainda no desenvolvimento de formas particulares de preparação e
confeção dos alimentos onde os conhecimentos transmitidos de geração a geração
se associaram aos saberes e produtos trazidos pelas permutas das Descobertas.”
in: Dieta Mediterrânica- um património civilizacional partilhado, brochura realizada no âmbito da Comissão responsável
pela candidatura da Dieta Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da
Humanidade/UNESCO - PDF aqui
novembro 20, 2014
Pão e vinho
“A base da dieta alimentar medieval é
constituída pelo pão e pelo vinho. O pão é sem dúvida alguma, presença
obrigatória, quer na mesa dos ricos, quer na dos pobres, com as respectivas
diferenças. De facto, o enorme cultivo que se faz de cereal por todo o país,
inclusivamente em zonas onde os solos não se mostram férteis para tal cultura e
a necessidade de importar pão do
estrangeiro, só se justifica devido ao seu enorme consumo…”
BATISTA,
Patrícia Santos, “A Alimentação no concelho de Loulé nos séculos XIV e XV”, in:
Al’-Ulyã, n.º 11, Revista do Arquivo
Histórico Municipal de Loulé, Loulé, 2006, pp. 69-82
novembro 19, 2014
Pão
“Lado a lado com o vinho, encontramos,
para a época medieval, o pão! O pão é um dos alimentos base da alimentação
medieva. Devido à falta de cereal, “pão” não era sinónimo de pão de trigo. O
pão dos ricos era alvo, feito de trigo, o cereal nobre; enquanto que o pão dos
pobres era escuro, de mistura, por vezes até com mistura de três cereais:
centeio, milho-miúdo e cevada. Era um pão de segunda. O pão de trigo para os
mais desfavorecidos era apenas consumido em dia de festa!”
BATISTA,
Patrícia Santos, “A Alimentação no concelho de Loulé nos séculos XIV e XV”, in:
Al’-Ulyã, n.º 11, Revista do Arquivo
Histórico Municipal de Loulé, Loulé, 2006, pp. 69-82
novembro 15, 2014
A vinha
No litoral algarvio cultivava-se a vinha para produção
de vinho e de passas de uva nas suas qualidades: passa assaria, a melhor, e
passa bual, que se exportava.
Frei João de S. Jose citado por Magalhães (1970) “A vinha, não menos comum no Algarve do que as arvores de
fruto, diferia da de Portugal, segundo, por se não cavar, empar, nem trazer tão mimosa, utilizando-se como principais castas as uvas mouriscas, de que se faz
vinho, e as chamadas salira, a que em Portugal chamavam açaria, que se secam para
passa. Estendidas a maneira de canteiros, por terem depois lugar de as uirar, e
tomar o sol dambas as bandas, e he bom cobrilas de noite por cauza do orvalho
que lhes faz mal, como são passadas as apanhão, e enseirão, como as cá vemos”.
Margarida Costa, “As produções agrícolas e a dieta
mediterrânica” in: Dieta
Mediterrânica em Portugal: Cultura, Alimentação e Saúde, Universidade do Algarve, Faro, 2014, p. 77.
outubro 16, 2014
Paisagem
outubro 10, 2014
Paisagem à mesa...
"Olhar a paisagem algarvia, observá-la atentamente é perceber como se organiza a alimentação, neste caso, uma paisagem composta de terra e de mar, com os seus produtos alimentares constituem elementos privilegiados de interpretação da cozinha local das especificidades do território, as quais por sua vez, são o resultado da simbiose entre património natural e património cultural, através de uma intervenção humana concertada com o equilíbrio ambiental. Assim sendo, as paisagens refletem a história e a interação entre o Homem e a Natureza, no sentido de satisfazer as suas necessidades alimentares."
Maria Manuel Valagão, "Identidade alimentar mediterrânica de Portugal e do Algarve", in: A Dieta Mediterrânica em Portugal: Cultura, Alimentação e Saúde, Universidade do Algarve, Faro, 2014, p. 34
junho 20, 2014
abril 24, 2014
Passear no Património de... Tavira (ou da Humanidade!)
A visitar:
Exposição temporária: Dieta Mediterrânica - Património Cultural Milenar @Museu de Tavira - Exposição Temporária
dezembro 07, 2013
Dieta mediterrânica
Dieta mediterrânica, do termo grego «daiata» - representa um estilo de vida, transmitido de geração em geração e que se reflecte, igualmente na cultura imaterial: técnicas e práticas produtivas (o "saber-fazer"); formas de preparação, confecção e consumo dos alimentos, festividades, tradições orais e expressões artísticas.
(texto adaptado de notícia da Agência Lusa, 04.12.2013)
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